Hoje é o Dia Nacional de Controle da Asma, uma doença crônica que afeta as vias aéreas e que precisa de acompanhamento médico e muitos cuidados no dia a dia para o seu controle.
Segundo a OMS, afeta 235 milhões de pessoas no mundo e estima-se que 10% da população brasileira sofre com esta doença.
Os principais sintomas são: tosse e dificuldade respiratória que piora com exercícios.
Os principais fatores de risco são: exposição a agentes alérgenos (pólen, ácaro, poeira, entre outros), alergia a alimentos (ovo, soja, camarão, entre outros), esforço físico, mudanças de temperatura, alergia a medicamentos (AAS, ibuprofeno, diclofenaco, entre outros), obesidade e refluxo gastroesofágico.
O que gera preocupação com a visão é o tratamento, já que é de costume a utilização de corticoides e broncodilatadores para alívio dos sintomas e diminuição das crises.
O que poucas pessoas sabem é que o uso crônico de corticoides pode causar efeitos colaterais oculares como glaucoma, catarata e retinopatia serosa central.
Os corticoides intranasais têm contato direto com o canal lacrimal que comunica o nariz com os olhos e isso pode causar, a longo prazo, alterações oculares. Da mesma forma, o uso de corticoide (via oral) também pode causar prejuízo visual.
O glaucoma é uma patologia silenciosa que tem como principal fator de risco o aumento da pressão intraocular, que pode ser elevada com o uso crônico desses medicamentos.
A catarata é uma opacidade progressiva do cristalino (lente intraocular) que pode se formar com o uso contínuo desse antiinflamatório.
A coriorretinopatia serosa central é causada por um enfraquecimento de uma camada abaixo da retina, fazendo com que líquido escape dos vasos sanguíneos e provoque uma bolha na retina. Essa alteração acomete a área central da visão (mácula), provocando alteração visual.
Além disso, um dos tratamentos usados no controle do glaucoma é com colírios B-bloqueadores. Eles conseguem diminuir a pressão intraocular mas também provocam uma broncocontrição, gerando crises de asma em pacientes asmáticos.
É fundamental que todo asmático mantenha seu tratamento, mas o acompanhamento, de perto, com seu oftalmologista também é de extrema importância.
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