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Eu sou a Dra. Natália Junqueira Resende Volpe Pereira, médica oftalmologista, especialista em glaucoma clínico e cirúrgico.
Atualmente faço parte do corpo clínico do H Olhos Uberlândia, instituição que abraçou a causa do Abril Marrom e está presente para informar e atuar no combate a todos os tipos de cegueira.

Convido você a conhecer um pouco mais sobre o glaucoma e se informar sobre a importância da realização de check-ups oftalmológicos regulares. Esta é a melhor atitude para manter a sua saúde ocular em dia e sem maiores complicações.

Curiosidade:

Fui aluna do Dr. Suel Abujamra, o criador da campanha Abril Marrom e, durante minha formação, nos anos 2017 e 2018, participei das audiências públicas do movimento na Assembleia legislativa de São Paulo.

Meu grupo de residência médica em oftalmologia com o nosso professor Dr. Suel Abujamra

Como surgiu o Abril Marrom?

Há alguns anos foi instituído, através de lei do Município de São Paulo, que durante o mês de abril seriam realizadas atividades de esclarecimento da população sobre a saúde ocular e prevenção da cegueira. Essa campanha surgiu a partir da iniciativa do oftalmologista Suel Abujamra, ex-presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). Ele foi meu professor na residência médica em oftalmologia no Instituto Suel Abujarma em São Paulo.
O mês de abril foi escolhido pois é comemorado no dia 8 de abril o Dia Nacional do Braille. Já a cor marrom foi a definida para a Campanha, por ser a cor de íris mais comum nos olhos dos brasileiros.

Porque é importante conscientizar a população sobre o Glaucoma?

O Glaucoma é uma doença crônica, que não tem cura, mas com o tratamento adequado pode ser controlada. É uma patologia ocular caracterizada pela lesão do nervo óptico que cursa com defeitos do campo visual e perda lenta e progressiva da visão.
É a segunda principal causa de cegueira a nível mundial, perdendo apenas para a catarata. Porém, é a principal causa de cegueira irreversível no mundo.
De acordo com o último relatório da Organização mundial da Saúde sobre a visão, 2,2 bilhões de pessoas têm deficiência visual evitável e o glaucoma é responsável por 6,9 milhões desses casos.

O que as pessoas sabem sobre o glaucoma?

O IBOPE Inteligência realizou em 2020 uma pesquisa chamada “Um novo olhar para o glaucoma no Brasil” em que 2,7 mil internautas brasileiros acima de 18 anos foram entrevistados em diferentes estados. A pesquisa revelou que, 41% das pessoas entrevistadas, não sabiam o que é Glaucoma e 53% desconheciam que a doença possui a maior probabilidade de gerar um quadro de cegueira irreversível.

Um dos fatores que mais contribuem para a cegueira no Glaucoma é o diagnóstico tardio, uma consequência do desconhecimento da doença. Por esse motivo é tão importante adotar o rastreio ativo e esclarecimento populacional com o objetivo de realizar diagnósticos a tempo, através de diferentes estratégias e ferramentas além do acompanhamento regular com o Oftalmologista. Afinal, esta é uma doença tratável, sua progressão pode ser contida e complicações graves como a cegueira irreversível podem ser evitadas.

Quais as principais causas de Glaucoma?

O glaucoma pode ter origens diversas. A grande maioria dos casos são identificados em idosos e acontecem em decorrência do avançado da idade.
Existem casos de glaucoma que ocorrem de forma secundária como, por exemplo, em pacientes que necessitam utilizar corticoides ou faz uso de forma inadvertida. Também após trauma/contusão em face que venha a causar trauma ocular com acometimento do nervo óptico. Existem também os casos de Glaucoma congênito, no qual as crianças já nascem com o problema.

Quais os fatores de risco para o Glaucoma?

O grupo de pessoas com maior risco de desenvolver a doença e que precisam realizar acompanhamento oftalmológico frequente são:

  • pessoas com histórico familiar de glaucoma;
  • pessoas com mais de 40 anos;
  • pessoas de etnia africana ou asiática;
    pessoas que sofreram lesões físicas no olho;
  • *Outros fatores de riscos estão relacionados ao olho: condições como descolamento de retina, inflamação intraocular, tumores intraoculares e alta miopia;
  • *Algumas pessoas são sensíveis ao uso de corticoide e podem apresentar um aumento da pressão intraocular secundário ao uso destes medicamentos, independentemente do tempo de uso.

Como é realizado o diagnóstico de Glaucoma?

O Glaucoma é uma doença inicialmente silenciosa e assintomática. Na maioria dos casos o diagnóstico de glaucoma acontece durante a consulta oftalmológica de rotina. A primeira suspeita pode ocorrer através da medição da pressão intraocular, porém nem todos os pacientes com glaucoma apresentam aumento da pressão intraocular e outros fatores devem ser observados.

O principal exame para investigar a doença é o que chamamos de exame de fundo de olho, em que o médico avaliará a retina e o nervo óptico. Após a investigação e consulta, pode ser necessário solicitar exames complementares adicionais para o diagnóstico e acompanhamento do glaucoma, como campo visual, retinografia e OCT.

Como é feito o tratamento para glaucoma?

O principal objetivo do tratamento do glaucoma é reduzir a pressão intraocular para níveis seguros ao paciente, de uma forma individualizada. Inicialmente, esse tratamento é feito com o uso de colírios ou realização de laser.

Quando não se obtém o controle adequado com o tratamento clínico, a cirurgia pode ser indicada, sendo que existem diversas técnicas para o tratamento cirúrgico do glaucoma, incluindo as recentes cirurgias minimamente invasivas.
A escolha sempre é feita de maneira personalizada, de acordo com cada caso.

Fico muita grata por você ter chegado até aqui na leitura e espero que tenha aprendido um pouco mais sobre o glaucoma, uma condição tratável, mas que pode se tornar muito grave se não descoberta a tempo. Por isso aconselho a todas as pessoas que realizem exames oftalmológicos de rotina, no mínimo uma vez ao ano.

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