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A retinopatia diabética (RD) é uma doença que afeta os pequenos vasos da retina, região do olho responsável pela formação das imagens enviadas ao cérebro. O aparecimento da retinopatia diabética está relacionado principalmente ao tempo de duração do diabetes e ao descontrole da glicemia. Quando o diabetes não está controlado, a hiperglicemia desencadeia várias alterações no organismo que, entre outros danos, levam à disfunção dos vasos da retina.1,4

O diabetes está associado a diversas complicações como a disfunção e falência dos rins, do sistema nervoso, do coração e dos vasos sanguíneos. O olho é um dos principais órgãos lesados pelo diabetes, e entre as complicações oculares, a RD é a complicação microvascular mais comum do diabetes, sendo a principal causa de cegueira em adultos de 20 a 74 anos de idade.1-3 Vale destacar que a RD está se tornando cada dia mais comum em diabéticos de todas as faixas etárias.1

A retinopatia diabética geralmente afeta ambos os olhos e se não diagnosticada e tratada precocemente pode levar a cegueira irreversível.4 No entanto, o aparecimento ou progressão da doença pode ser prevenido pelo controle adequado dos níveis de glicose no sangue. Além disso, exames oftalmológicos regulares são essenciais para detectar complicações oculares decorrentes do diabetes e permitir o início dos tratamentos o mais cedo possível, quando as chances de controlar a doença são maiores.1-4

Fonte: Motta MMS, Coblentz J, Melo LGN. Aspectos atuais na fisiopatologia do edema macular diabético. Rev Bras Oftalmol. 2008; 67 (1): 45-9.

De acordo com a localização, extensão e grau de várias características clínicas verificadas durante o diagnóstico, a retinopatia diabética pode ser classificada como não proliferativa ou proliferativa.1

Retinopatia diabética não proliferativa

Características:

A retinopatia diabética não proliferativa é o estágio menos avançado da doença. Nesta fase, podem ser encontrados microaneurismas (pequenas dilatações vasculares), hemorragias e vasos sanguíneos obstruídos, fazendo com que diversas áreas da retina fiquem sem suprimento de sangue com oxigênio e nutrientes (conhecido como isquemia). Estas áreas isquêmicas da retina podem então estimular a formação de novos vasos sanguíneos.1,2,4

Se a mácula (pequena área no centro da retina responsável pela visão central) não for afetada, este estágio da retinopatia diabética pode não apresentar sintomas ou perda da visão. No entanto, quando o edema macular (inchaço da retina) provocado pelo acúmulo de fluído na mácula estiver presente, a visão pode parecer turva e o risco de perda visual ou cegueira aumenta significativamente.3,4

Retinopatia diabética proliferativa

Características:

A retinopatia diabética proliferativa é a fase mais avançada da doença, caracterizada pelo aparecimento de novos vasos sanguíneos (também conhecidos como neovasos) na superfície da retina. A principal causa da formação de neovasos é a oclusão dos vasos sanguíneos da retina, chamada isquemia, com impedimento do fluxo sanguíneo adequado.1-3

Os neovasos são frágeis e crescem ao longo da retina sem causar qualquer sintoma ou perda de visão. No entanto, podem romper e liberar sangue, provocando perda de visão grave e até mesmo cegueira.3 Frequentemente, os neovasos são acompanhados de uma espécie de cicatriz (tecido cicatricial), cuja contração pode levar a outra grave complicação chamada de descolamento da retina.4

Entre as razões para a perda de visão na retinopatia diabética proliferativa estão complicações como hemorragia vítrea, descolamento de retina e glaucoma neovascular.2,4 Além dessas complicações, cerca de metade das pessoas com retinopatia proliferativa também desenvolve o edema macular diabético. O edema macular diabético é causado por acúmulo de líquido na zona mais “nobre” da retina, a mácula, e é a principal causa de cegueira nas pessoas com diabetes e idade economicamente ativa.1-3

 

Fonte: Novartis Saúde – Doenças da Visão (https://saude.novartis.com.br/doencas-da-visao/)

Referências

1. World Journal of Diabetes. Ocular complications of diabetes mellitus. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4317321/ Acesso em fevereiro de 2017.

2. World Journal of Diabetes. Diabetic retinopathy – ocular complications of diabetes mellitus. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4398904/ Acesso em fevereiro de 2017.

3. NIH- National Eye Institute. Diabetic retinopathy – what should I know. Disponível em: https://nei.nih.gov/sites/default/files/health-pdfs/diabeticretino.pdf Acesso em fevereiro de 2017.

4. American Academy of Ophthalmology. What Is Diabetic Retinopathy? Disponível em: https://www.aao.org/eye-health/diseases/what-is-diabetic-retinopathy Acesso em fevereiro de 2017.